
Comportamento de lagarta em áreas irrigadas e de sequeiro será objeto de pesquisa
Quarenta e seis técnicos da Agrodefesa participaram este mês de um treinamento para colocar em prática o Projeto de Pesquisa “Mapeamento de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) nos sistemas de cultivo em Goiás". O projeto realizado em parceria com a Escola de Agronomia da UFG, Seagro, Mapa e Faeg tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e duração de três anos, e no primeiro ano será feita a coleta de exemplares da lagarta em lavouras de sequeiros e irrigadas por meio de armadilhas, em todo o Estado.
“O objetivo é mapear o comportamento da lagarta no campo em diferentes condições de plantio”, ressalta Maxwell Carvalho de Oliveira, coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Pragas em Algodão. Atualmente há ocorrências da Helicoverpa armigera em plantio de algodão, soja, milho, sorgo, citros e até em áreas de pastagens. “O controle dessa praga não é fácil visto que apenas um grupo de defensivos tem demonstrado eficiência no combate à lagarta, mas infelizmente muitos produtores têm feito o controle químico descontroladamente”, lamenta o coordenador.
Maxwell garante que a Agrodefesa está atuando diretamente com os produtores rurais com orientações sanitárias e ainda sobre a melhor forma de controle. O levantamento será realizado em grandes pólos produtivos em Goiás. O Estado será divido em 07 Regionais e serão monitoradas duas propriedades de 50ha cada/ município e quatro municípios /região. Para Maxwell, o estudo focado no comportamento da Helicoverpa armigera, o primeiro realizado no País com envolvimento de toda a cadeia produtiva, vai colaborar para que medidas de controle da lagarta no campo sejam alcançadas a médio prazo.
Em um ano será possível verificar o comportamento da praga em diferentes cultivos e condições climáticas. As informações orientarão o serviço de defesa agropecuária para a implantação de políticas públicas no Estado, definição de manejo integrado nas diversas culturas, além de publicações de artigos científicos em periódicos especializados e cartilhas de educação sanitária desenvolvida pela Agrodefesa.Desde 2012, a praga tem causado graves prejuízos a diferentes culturas e está presente em quase todas as Unidades Federativas do país.
Na área de atuação da AGRODEFESA Regional Rio Caiapó, com sede em Iporá-GO, foram definidas as propriedades rurais para monitorar a lagarta Helicoverpa armigera nos municípios de Doverlândia, Iporá, Montes Claros de Goiás e Bom Jardim de Goiás. Foram instaladas as armadilhas entre os dias 07 e 08 de janeiro de 2015. Semanalmente são recolhidas os adultos coletados nas armadilhas e quinzenalmente serão enviados as mesmas para a UFG (Universidade Federal de Goiás) em Goiânia-GO.
